ESCOLA DE BOMBEIROS DE ANGOLA TERÁ CURSO DE MERGULHO COM INSTRUTORES BRASILEIROS DA - ANBP.

2º Tenente ANBP -Rogério Grabauskas Malmési - Instrutor de mergulho.

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Mergulhador profissional, formado pela DIVE MASTER, no Brasil o 2º Tenente da ANBP em Angola Rogério Grabauskas Malmési, fala sobre as atividades que desenvolverá junto a Escola Nacional de Bombeiros e no Quartel de Mergulhadores da Chicala. Ex-militar da Marinha Brasileira, especialista em operações sub-aquáticas e operador de R.O.V. O oficial Grabauskas acredita que a parceria será benéfica para ambas as corporações.

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ANBP: Como pretende desenvolver as atividades e instrução de mergulho junto aos Serviços de Bombeiros de Angola ?

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2ª Ten. Grabauskas: Por etapas, a começar das instruções básicas chegando as mais técnicas e avançadas, procurando sempre adequar às necessidades do país e criando Protocolos Operacionais Padrão (POPs), para as atividades de Resgate, que é a que esse curso se destina.

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ANBP: Como pretende desenvolver esse trabalho ?

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2º Ten. Grabauskas: A primeira etapa inclui a adequação de bombeiros que já são mergulhadores hoje lotados no Quartel da "Chicala" na ilha de Luanda com os equipamentos que possuem, mas não utilizam em virtude da falta de conhecimento, já em uma 2ª etapa, estaremos formando uma equipe de mergulhadores, e dai tirando alguns possíveis e futuros instrutores e finalmente numa 3ª etapa transformar esses alunos selecionados para formá-los como instrutores da Escola Nacional de Bombeiros da República de Angola, tudo dentro de um padrão internacional baseado nos ensinamentos das técnicas da NAUI.

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ANBP: O Senhor acha que os Serviços de Bombeiros, poderá nesse período de 1 ano que passará aqui, desenvolver uma trabalho mais avançado na área do mergulho ?

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2º Ten. Grabauskas: acredito que não, pois devemos iniciar do engatinhar, ou seja do básico e para isso temos também que treina-los especificamente para as operações de resgate, busca e salvamento sub-áquaticos, na verdade vamos leva-los da tática à pratica, para prepará-los para as mais diversas situações que possam surgir, o que na verdade é uma rotina para os bombeiros mergulhadores de qualquer parte do mundo.

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ANBP: Como sua familia no Brasil, viu sua convocação para trabalhar em Angola ?

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2º Ten. Grabasukas: Bem tenho de dizer que tive pontos positivos e outros negativos na familia, mas quem eu devo realmente ressaltar que me apoio e torceu por mim foram meus país e minha adorável esposa, ela já trabalha também viajando pelo Brasil e agora eu viajando para o exterior. Mas no geral fui bem apoiado. Algumas pessoas não acreditam nesse labor, mas quero dizer para esse pessoal que estou aqui, realizando meu trabalho e podendo participar da reconstrução de uma nação. Sei que o que vou desenvolver aqui ficará para as gerações futuras, e isso não há dinheiro que pague. A saudade é claro que fica, mas breve estarei no meu Brasil para rever aqueles a que amo e que me amam.

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ANBP: Já existem planos para o seu regresso ao Brasil, após a missão cumprida em Angola ?

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2º Ten. Grabauskas: Bem pelo que vejo aqui, ainda é muito cedo para fazer planos nessa linha de raciocínio, pois acredito que os trabalhos aqui devam durar mais que 1 ano, mas uma certeza eu tenho a de continuar a me especializar na área de mergulho e operações de resgate aquatico.

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Eu espero poder transmitir meus conhecimentos e que dessas aulas possam gerar condições técnicas para que esses jovens bombeiros que hoje se engajam nas fileiras dos anjos da vida desse país, demonstrem seus valores, sua honra e sua abnegação, junto à sociedade angolana.